
A remoção de pintas da epiderme (camada mais superficial da pele) é uma decisão que envolve vários elementos, tais como se a pinta não é sinal de câncer de pele ou qualquer lesão maligna de pele.
Não é uma escolha trivial, como pode parecer a alguns. Trata-se de questão médica séria – e até por isso deve ser tomada pela paciente, ou pelo paciente, sempre com o aconselhamento e a anuência de um médico dermatologista e, às vezes, também com o apoio de um oncologista.
Um fator crucial, o qual deve pesar grandemente em tal avaliação, é se a pinta em questão constitui um carcinoma ou um melanoma.
Por quê?
Carcinomas
São tumores de pele benignos. Geralmente não causam mal algum para a saúde do indivíduo. Em tais casos, a relação custo-benefício da retirada da pinta (ou das pintas) talvez não se mostre compensadora.
O melhor pode ser deixar a pinta na pele (mas deve-se acompanhar sua evolução com atenção ao longo dos anos).
Melanomas
São tumores de pele malignos. São cânceres de pele. Se não forem tratados com firmeza, podem levar seus portadores a óbito.
Em grande parte dos casos têm de ser extirpados, no interesse da preservação da própria vida da paciente.
Dito isso, fica a questão: como se dá o procedimento através do qual pintas são removidas da pele de mulheres e homens?
Vamos examinar, e responder, acerca de tal processo operatório.
As etapas da remoção de pintas
A remoção de pintas é uma intervenção cirúrgica conhecida, entre os médicos, como excisão. Excisão, convém esclarecer, é um termo técnico empregado especialmente na medicina.
Uma excisão é uma operação através da qual são extraídas certas partes de um órgão, e/ou pequenas tumefações (volumes anormais em tecidos do corpo).
A primeira providência a ser tomada é a realização de exames, como a dermatoscopia. É com base neles que o médico dermatologista opta, junto com a paciente, pela remoção ou não da pinta.
Se a decisão for pela excisão do tumor, os próximos passos serão condicionados pelas características que ele tenha.
A retirada de pintas de menor porte pode ser levada adiante em um laboratório; a anestesia usada será a local.
Já pintas maiores ou mais profundas (ou ambas) deverão ser extirpadas em um hospital. Pode ser necessária a aplicação de anestesia geral.
Uma vez que a anestesia comece a surtir efeito, o médico dermatologista faz um corte em volta da pinta.
Tal corte deve abarcar também pequenas partes da pele vizinhas ao tumor, visando prover uma “margem de segurança” à operação.
A intenção é não dar chance para o reaparecimento do tumor.
Suturas (“costuras” que unem as partes da pele após a excisão) só serão necessárias quando a lesão ao tecido cutâneo tiver sido relativamente extensa.
É preciso ressaltar que o cirurgião plástico também está capacitado para determinar a necessidade ou não da remoção de pintas.
Nas situações nas quais as incisões forem de maior porte, o trabalho e as habilidades de um cirurgião plástico serão de grande valia para, por exemplo, realizar um enxerto de pele.
Por fim, uma observação relevante: em caso de melanomas maiores é possível que se faça necessária a realização da chamada cirurgia micrográfica de Mohs.
Tal intervenção é feita com a ajuda de uma cureta, e é recomendada para a remoção de pintas localizadas em regiões mais sensíveis sob um ponto-de-vista estético.
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